Série carros que marcaram época: Maverick e Opala
A discoteca, Pink Floyd, Jethro Tull, o glam rock, Kiss, Sex Pistols, John Travolta, The Ramones… todos surgiram ou estouraram nos anos 70. No Brasil, era a época de Casa das Máquinas, Clube da Esquina, Doces Bárbaros, Novos Baianos, Tim Maia e Raul Seixas. Mas o que seria dessa época sem um meio de transporte? Hoje vamos falar de dois carros que marcaram a década do tri do Brasil: o Ford Maverick e o Chevrolet Opala.
Bicho criado solto
O Maverick foi concebido em 1970 como um sedã barato de duas portas. O termo “maverick” é usado pelos fazendeiros americanos para designar o gado criado sem marca. O inconfundível logotipo do Maverick lembra uma cabeça de boi com chifres compridos. Já aqui no Brasil o carro também é carinhosamente chamado de “Maveco”.
O baixo preço, quem diria, era uma estratégia da Ford para competir com o Fusca e (nos Estados Unidos) contra os japoneses importados. Outro incentivo foram as duas crises do petróleo nos anos 70, que impulsionaram a demanda por carros que bebessem menos. Já no primeiro ano as vendas ultrapassaram as do Mustang. Curiosamente, as primeiras edições do Maverick vinham sem porta-luvas, parte do carro que hoje ninguém considera mais acessório, quanto mais opcional.
Já a partir de 1971 começou a ser produzido o portentoso Maverick de quatro portas. Os primeiros Mavericks brasileiros foram entregues em maio de 1973, com o slogan “A fórmula Ford contra a rotina”. Eram equipados com motor Willys de 6 cilindros ou com um V8 302 importado, igual ao do Mustang. Em 1975, com a inauguração da fábrica de motores, foi lançada a versão equipada com o novo motor de 4 cilindros, que prometia mais economia.
Em abril de 1979, após vender mais de 100 000 unidades, o Maverick saiu de linha de vez, sendo substituído pelo Ford Corcel II. Você acha que foi uma boa?
O glorioso Opalão
A opala é uma bela gema usada para fazer joias. O Opala também é joia. Lançado em 19 de novembro de 1968, foi o primeiro carro de passageiros Chevrolet produzido no Brasil. Só saiu de linha em 1991, com a marca de quase 1 milhão de unidades produzidas. Confiável e de fácil manutenção, o Opala era o carro de escolha de muitas forças policiais (incluindo da ditadura) e também de taxistas.
O Opalão não era brinquedo não. Foi usado até como carro de corrida. A primeira prova de Stock Car no Brasil, em 1979, foi disputada por 19 bravos pilotos, todos ao volante de um Opala com motor de seis cilindros.
Como a marca Opala era muito forte, a Chevrolet lançou modelos novos com variações do mesmo nome. Com um pacote de itens de luxo e suspensão mais eficiente, o Diplomata faz sucesso entre colecionadores e aficionados até hoje.
Em 1974 o Opala virou perua. A Caravan já existia em outros países, mas este é o ano de sua chegada ao Brasil. Tinha opção de motores 2500 e 4100, de quatro e seis cilindros, sempre com três portas. Era ainda maior e mais potente que o famoso Belinão (Ford Belina). E bota potência nisso. A Caravan 4100 chegava a 174 quilômetros por hora! Quem disse que carro velho não anda?
E você, que lembranças tem destes carros? Conte para a gente através dos comentários!
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