Série esportes: tudo sobre a Stock Car

Duas das peças dos veículos que competem na Stock Car estão entre os acessórios mais populares para quem gosta de personalizar o carro: os spoilers e os aerofólios. A estética desses carros que chegam a 300 quilômetros por hora inspira os visuais mais irados. Mas como é a Stock Car? Vamos conhecer melhor esse esporte no qual competem hoje Rubens Barrichello, Nelsinho Piquet, Cacá Bueno e Luciano Burti.

Contradição em termos

É engraçado pensar nisso, mas originalmente o termo “stock car” significava “original de fábrica”, quer dizer, um carro não modificado. Era uma forma de diferenciá-lo do “race car” (carro de corrida), desenhado e construído especialmente para competições.

Hoje em dia, claro, os veículos que competem na Stock Car nos Estados Unidos se parecem com os sedãs grandes populares entre as famílias americanas, mas são todos possantes máquinas de corrida. Eles são construídos lá tendo de obedecer a um conjunto estrito de regulamentos para assegurar que chassis, motor, suspensão e outros itens sejam arquiteturalmente idênticos em todos os carros. Desta forma, eles ficam similares aos carros comuns que andam nas estradas por lá.

Nossa terra, nossas regras

No Brasil, o regulamento é diferente porque a nossa Stock Car não é administrada pela Nascar, empresa sediada na Flórida. Por aqui, a modalidade foi criada em 1979, com nome inspirado na tradição americana, mas sem ligação direta. A primeira corrida foi realizada no Autódromo de Tarumã (RS). Como é feito lá, a ideia aqui também sempre foi reduzir custos e equilibrar desempenhos, devendo prevalecer o piloto sobre os carros.

Competição bipolar

Na classe mais famosa, o Campeonato Brasileiro de Stock Car, hoje correm nas pistas brasileiras carros de apenas duas montadoras: o Chevrolet Sonic e o Peugeot 408. Em 2014, o torneio começou em Interlagos e vai terminar em novembro no Autódromo Nelson Piquet, em Brasília.

Rodas passadas

Entre os bólidos que já participaram da Stock Car brasileira estão o Volkswagen Bora, o Mitsubishi Lancer, o Chevrolet Omega e até o glorioso Opala!

A força dos competidores

Eis alguns números dos dois carros competidores do Stock Car brasileiro (atenção, nas versões disponíveis para o consumidor):

Peugeot 408

• Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16 válvulas, gasolina

• Cilindrada: 1 997 cm³

• Potência: 140 cavalos

• Torque: 20,2 mkgf

• Tanque: 60 litros

Chevrolet Sonic (sedan)

• Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16 válvulas, gasolina

• Cilindrada: 1 598 cm³

• Potência: 120 cavalos

• Torque: 16,3 mkgf

• Tanque: 46 litros

Os campeões nos detalhes

De acordo com o site oficial da Stock Car, os carros do circuito possuem cerca de 15.000 peças. Dentre elas figuram:

• Suspensão independente, com barras estabilizadoras reguláveis dianteiras e traseiras;

• Direção hidráulica do tipo pinhão e cremalheira;

• Rodas italianas e pneus aro 18;

• Freios a discos ventilados, com 6 pistões na dianteira e 4 na traseira;

• Motor de 8 cilindros, com 550 cavalos de potência e 6.000 rpm;

• Câmbio eletrônico XTrac com acionamento sequencial de 7 marchas;

• Tanque de combustível com capacidade de 100 litros, composto por containers de borracha e de alumínio;

• Chassis tubular, com revestimento antichama;

• Carroceria construída em fibra de vidro reforçada;

• Vidros dianteiros com uma lâmina de policarbonato entre duas lâminas de vidro com resistência elétrica para evitar o embaçamento.

E aí, já sabia de tudo isso sobre a Stock Car? O que você acha desse esporte? Compartilhe suas opiniões com a gente através dos comentários! E não se esqueça de visitar o site da Tuning Parts!